- Menina Gaspar?
Sorrio ao ouvir esta
voz. Dona Matilde.
- Estou aqui – grito e
vejo-a a aparecer à porta do meu quarto. Podia ser feita de porcelana. Tão
frágil que era. Sorri-me e eu retribuo-lhe o sorriso.
- A sua mãe ligou.
Teve de ir de emergência à Dinamarca. Sabe como é, coisas de trabalho.
O meu sorriso
desvanece-se.
- Claro… - murmuro.
- Oh não fique assim! A
sua mãe faz tudo por si, menina.
- Claro claro.
- Bem, acho que vou
andando. Quer que passe cá amanhã?
- Não, não, deixa
estar. Eu desenrasco-me sozinha.
- Está bem então. Até
segunda, menina.
- Até segunda, Dona
Matilde.
Oiço a porta da rua
fechar-se. Passado um pouco, sou eu quem sai. Encaminho-me para a praia. Adoro o facto de já ser de noite, o facto de a praia já não estar inundada em pessoas barulhentas, em pessoas que não se importam com nada para além das suas vidinhas.
A minha mente voa para o pedido de desculpas. O que vou dizer? Será que ele vai estar lá? Se não estiver, que faço? E se estiver, que lhe digo? Será que ele me vai desculpar? Ou será que não?
A minha mente voa para o pedido de desculpas. O que vou dizer? Será que ele vai estar lá? Se não estiver, que faço? E se estiver, que lhe digo? Será que ele me vai desculpar? Ou será que não?
Quando lá chego,
sinto-me no paraíso. Está praticamente vazia. Um ou outro casal a namorar. Um
ou outro grupo de amigos. Nada mais. O bar, lá mais longe, está aberto, mas
como a luz não chega aqui, este lado está praticamente deserto.
Mais animada, salto
para a areia. Vou até às rochas e começo a trepá-las, com cuidado. Eu ainda mal recuperei dos meus ferimentos de ontem e já me estou a meter nesta aventura de novo. Não posso voltar a cair. Chego à entrada da gruta e sinto a água por debaixo dos meus pés.
Não sei o que me deu, vim de ténis. Talvez o meu subconsciente saiba que aquilo
não é pavimento para chinelos. Seja como for, começo a atravessar as rochas,
com cuidado para não escorregar.
Chego ao lugar da lagoa, e o meu coração dispara. Ele está ali. Vejo a camisola e os ténis pousados na areia. E agora?
Olho para ele, dentro de água, que lhe dá pela cintura. Vejo-lhe os músculos das costas, bem definidos. Sinto algo que nunca senti. Não entendo. Que é isto? Só quero ir ao seu encontro. Abraçá-lo. Talvez até, beijá-lo. Beijá-lo? És maluca? Tu nem o conheces! Expulso estes pensamentos da cabeça. Primeiro, tenho de lhe pedir desculpa. E rezar para que ele me desculpe. Tens que ir com calma.
Chego ao lugar da lagoa, e o meu coração dispara. Ele está ali. Vejo a camisola e os ténis pousados na areia. E agora?
Olho para ele, dentro de água, que lhe dá pela cintura. Vejo-lhe os músculos das costas, bem definidos. Sinto algo que nunca senti. Não entendo. Que é isto? Só quero ir ao seu encontro. Abraçá-lo. Talvez até, beijá-lo. Beijá-lo? És maluca? Tu nem o conheces! Expulso estes pensamentos da cabeça. Primeiro, tenho de lhe pedir desculpa. E rezar para que ele me desculpe. Tens que ir com calma.
De repente ele vira-se
e sorri. Ele sorri-me. Porque o faria? Eu fui tão parva com ele.
- Vieste – diz. Sai da
água e vem ter comigo. Estica-me o braço, de modo convidativo. – Vai um mergulho?
Sorrio, sem responder
e começo a descalçar-me. Ele fica a observar-me, enquanto tiro a camisola e os
calções. Esta noite trouxe bikini.
Antes sequer, de poder
contestar, ele pega-me ao colo e leva-me para dentro da lagoa. O que é isto?
- Pronta? - pergunta-me.
Para?
Mas antes de
conseguir, sequer, dizer alguma coisa, caímos os dois dentro de água.
2 comentários:
que LINDO! estou completamente viciada, continua:)
omd, obrigadaa ! <3
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