Vamos ver.
Estou na escola, no intervalo. Como pouco cresci, tenho vestido outra vez a
roupa do meu primeiro dia de aulas, no 1º ano – uma saia cor de rosa com um top
branco. Corro para trás de uma árvore e sento-me no chão. Ainda bem que a mamã decidiu não me mudar de ano, é o que penso,
pois teria sido mau, muito mau.
- Olívia, onde estás tu?
Rio-me baixinho, ao mesmo tempo que
rastejo para debaixo de uns arbustos. Ao fazê-lo, arranho um joelho numa pedra.
Está a deitar sangue, muito sangue. Páro a meio do caminho, sentada no chão.
Começo a chorar. Dói-me muito. Chamo pelo meu amigo:
- Jaime, JAIME.
Ele corre para me ajudar.
- Oh Olívia..
Ajuda a levantar-me e juntos vamos
até à senhor porteiro. O meu joelho arde muito. O senhor Hortênsio é muito
simpático. Senta-me numa mesinha e limpa a minha ferida com água. Depois, põe
um produto – não percebi para que servia – mas que alivia a dor. Mete-me um
penso, com ursinhos. O Jaime está lá, a dar-me a mão, a acalmar-me. É um bom
amigo. Quando o senhor acaba, ele ajuda-me a voltar para o recreio. Dá o toque
para voltarmos para a sala. E nós vamos. Juntos.
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