sábado, 16 de janeiro de 2016

    Não sei quantas vezes me detenho a pensar nisto. Quanta vez procuro um sentido, por mais pequeno que seja, no meio daquilo que é um emaranhado de momentos. Não sei. Tento desesperadamente agarrar-me ao que um dia foi o presente, ao que um dia foi real. Um dia. Tão longe. Se me perguntassem, diria que nem o vivi desta vez, mas sim noutra qualquer perdida no tempo. No espaço. Irrealidade, irracionalidade, incompreensão. Palavras que descrevem tudo, tão resumida mas completamente. Quando foi que tudo escapou sem sequer dar-mos por isso? Quando foi que tudo deixou de ter senso? Significado? Já nada me diz nada. Quando foi a última vez que disse? Queria, por tudo, lembrar-me. Queria, por tudo, saber. Queria, queria, porém, não consigo. Porque quanto mais queremos saber, menos sabemos. E quando mais nos questionamos, mais fica por responder. Não sei. Mas queria saber.

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