quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tenho 15 anos e (...)

É hoje. Eu vou vê-lo. Um dia recebi uma chamada, de um número desconhecido, no meu telemóvel. a voz era mais grossa, mas era ele. Eu sabia que era ele. Pela maneira como o meu coração saltou, como a minha pele se arrepiou. Pela doçura quando ele pronunciou o meu nome. Era ele. E queria ver-me. Portanto, aqui estou eu. Sentada num jardim, à espera dele. Apercebo-me que já não o vejo à 3 anos. 3 anos. Quanto é que ele terá mudado? Muito, pouco? Às vezes é difícil ter isso em mente. Que ele já não é o mesmo. A foto dele, na minha carteira, não muda. Tal como aquela que está no meu guarda-fatos, ou a da mesinha de cabeceira. Continua o mesmo. Quanto é que uma pessoa pode mudar em 3 anos? Eu mudei. Continuo com a mesma cor do cabelo, embora este esteja mais comprido. Os meus olhos são os mesmo. Talvez um pouco mais escuros. O meu corpo, esse mudou todo. Será que o do Jaime também mudou? É provável, muito provável. 
Olho em volta, pelo jardim. Tanta gente, pais, filhos, avós, casais.. Está um dia bonito. O tipo de dia que nos inspira a reviver o passado. Demorei tanto tempo a fechá-lo numa caixa e agora ia abri-lo, de novo. 
O meu coração dá um salto. É ele. É um homem. Está mais alto, muito mais. Consigo ver-lhe os músculos dos braços. Mesmo assim, consigo reconhece-lo. Pelos seus olhos, que serão sempre o mesmo. O seu sorriso. Embora seja a cara de um homem, os traços do menino que conheci em tempos., estão lá. É ele. 
- Jaime.. 
Levanto-me. Quero ir ter com ele e recuperar o tempo perdido. Abraçá-lo e dizer-lhe para nunca mais ir. Já sinto as lágrimas nos olhos. E aí...
- JAIME.

1 comentário:

Vitória Furini disse...

quando publicas um novo? despacha-te sff, obrii e á agora escreves muitoooooooooooo bem *-*